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Nós, filhos de Eichmann

carta aberta a Klaus Eichmann

Günther Anders

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Editora Elefante img Link Publisher

Geisteswissenschaften, Kunst, Musik / 20. Jahrhundert (bis 1945)

Beschreibung

Apesar de terem sido escritas há décadas, e de se endereçarem ao filho do oficial que administrava a máquina de extermínio nazista, as cartas reproduzidas neste livro possuem uma atualidade na menos que assombrosa. A seu interlocutor, Klaus Eichmann, primogênito de Adolf — caçado, julgado e condenado à forca por Israel no início dos anos 1960 —, o filósofo judeu Günther Anders esclarece que não quer remexer o passado, mas falar do futuro: "é necessário buscar aquelas raízes que não se extinguiram após o colapso do sistema do terror de Hitler e de seu pai". Seu maior pesadelo é a repetição da monstruosidade, que para ele é resultado do avanço frenético da técnica e da incapacidade do ser humano de sequer imaginar a magnitude do poder de destruição que desenvolveu. Ao tentar convencer o filho a romper com a herança paterna, fica claro que Anders está falando a todos nós, conclamando ao pensamento crítico e à consciência sobre em que medida nossas ações cotidianas, nosso trabalho, a forma como inocentemente ganhamos a vida, contribui para a destruição do mundo — e do outro.

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Schlagwörter

nazifascismo, capitalismo, Segunda Guerra, fenomenologia, questão judaica, Eichmann em Jerusalém, guerra mundial, tecnocratas, Hitler, Israel, Hannah Arendt, tecnologia, holocausto, Walter Benjamin, bomba atômica, política, filosofia, nazismo, Adolf Eichmann