O ódio pela poesia
Ben Lerner
Belletristik / Lyrik
Beschreibung
"Muito mais gente concorda que odeia poesia do que é capaz de concordar sobre o que é poesia", afirma Ben Lerner neste ensaio clássico sobre os motivos legítimos do ódio pela forma poética e o que esse revela sobre a natureza dela. Uma das principais vozes da literatura norte-americana contemporânea, Lerner constrói uma reflexão divertida e esclarecedora sobre como a derrota é própria do fazer poético. "A poesia surge do desejo de ir além do finito e histórico […] para alcançar o transcendente ou divino. […] Mas, tão logo passa do impulso para o poema real, a canção do infinito é comprometida pela finitude dos termos. […] O poeta é, assim, uma figura trágica. O poema é sempre o registro de um fracasso." Daí a propagada repulsa pela poesia, inclusive por parte daqueles que a praticam. Afinal, "que tipo de arte assume a aversão de seu público e que tipo de artista se alinha a essa aversão, até mesmo estimulando-a?". Repleto do humor irônico e da inteligência comuns à obra de Lerner, este livro, traduzido pelo também poeta Leonardo Fróes, não traz respostas, mas acende o debate acerca do papel dos escritores e leitores na difusão do ódio, observando os diferentes aspectos dessa relação. "Saber se poesia é trabalho ou lazer (ou de algum modo ambas as coisas ou nenhuma das duas) é uma questão que está por toda parte nas denúncias e defesas dessa arte." Da advertência de Platão para os perigos que a arte poética oferece à sociedade, passando por uma análise minuciosa do que considera o pior poema do mundo, Lerner faz uma ode às avessas à poesia, já que não fala da beleza, da evocação ao amor, ou de como esse gênero pode ser leve e reconfortante. Ainda assim, ele mostra que a poesia está presente em todas as esferas de sua própria vida, ajudando a explicá-las: na relação com as filhas, na política, nos vínculos sociais. Ao terminar a leitura, cada um de nós sai com a sensação de que entrar nos mares profundos dos versos é tarefa urgente, mesmo que as águas sejam turvas e o ódio garantido.
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