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As metamorfoses da crítica. A trajetória de Foucault entre a Arqueologia e a Genealogia

Alexandre Alves

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Geisteswissenschaften, Kunst, Musik / Sonstiges

Beschreibung

Doctoral Thesis / Dissertation from the year 2001 in the subject Philosophy - General Essays, Eras, grade: 10,0, University of Sao Paulo; Department of philosophy, course: History, language: Portuguese, abstract: O objetivo deste livro é fazer uma análise ao mesmo tempo estrutural e cronológica da obra de Foucault, buscando sua lógica interna, mostrando o itinerário de seu pensamento, suas etapas de elaboração, as dificuldades com que se deparou ao longo dessa trajetória, os conceitos que foram introduzidos, transformados ou abandonados, os seus temas e problemas centrais. O pensamento de Foucault é certamente dinâmico, proteiforme, mas possui coerência interna e até uma certa sistematicidade. Essa sistematicidade se revela na concatenação de três instâncias, que realizam, cada uma delas, um deslocamento fundamental na tradição filosófica: uma nova concepção da crítica, uma nova concepção do método e uma nova concepção das práticas. Com esses deslocamentos, Foucault reformula a tarefa do pensamento, dando à crítica uma nova finalidade e novos recursos. A crítica tal como formulada por Kant tinha a função de conduzir o homem ao estado de maioridade, libertando-o das ilusões transcendentais que o aprisionam. Podemos dizer que Foucault submete o projeto crítico a uma metamorfose, que o desembaraça dos resíduos transcendentais e idealistas que ele ainda carregava em Kant. Uma primeira metamorfose da crítica foi realizada pelos ataques de Nietzsche, Freud e Marx, um independentemente do outro. Com o trio de pensadores, a crítica deixa de buscar as condições formais de possibilidade da experiência para buscar as suas condições reais, o seu a priori concreto e contingente, seja nas formas e relações de produção, nas representações do inconsciente e do desejo ou na história da moral. Segundo Foucault, eles teriam criado uma nova hermenêutica, através da qual temos que nos interpretar a nós mesmos, como os textos de Nietzsche, Freud e Marx fossem eles próprios hieróglifos a ser decifrados. [...]

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Schlagwörter

Critique, Philosophy, Michel Foucault, Archaeology, Epistemology, Genealogy